Meu filho ouve bem? Faz contato
visual? Sentou, engatinhou, andou no tempo certo? E as primeiras palavrinhas,
quando vão aparecer? E quando é que vai começar a formar frases? E essas trocas
na fala, será que são normais pra idade??? Está gaguejando, e agora???
Mãe é um ser naturalmente
preocupado e se tratando de Mãe Fonoaudióloga, essa preocupação passa a ter um
tom ainda mais específico. Trabalhamos diariamente com crianças que apresentam
dificuldade na comunicação, e essas dificuldades vão desde trocas de sons na
fala até a ausência da mesma, como ocorre em alguns casos de autismo.
Então, desde que os meninos
nasceram, ativamos o chip da preocupação com tais aspectos. E ativamos de
verdade, com direito a conversas com amigas da mesma área, avaliações, lista de
palavras, etc rsrsrs
Mas, pra começo de conversa é
importante saber que de fato cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento,
logo, uns começam a falar antes, outros um pouco depois e todos seguem se
desenvolvendo.
Mas falar não é algo tão simples,
muito menos uma atividade isolada, às vezes, o atraso pra falar não é só
questão de tempo... Como saber se esse é o caso do seu filhote? Bom, para isso
existem alguns parâmetros que servem pra nortear o desenvolvimento e dar uma
idéia do caminho que a criança está percorrendo ou irá percorrer e no caso
de algumas mães pra tirar onda que seu filho fala trocentas palavras com tantos
meses.
Então, por exemplo, a partir dos 3
/ 4 meses o bebê já começa a balbuciar, entre 9 e 10 meses já espaça as
vocalizações dando espaço às respostas dos adultos, a partir de 1 ano começa a
produzir as primeiras palavras e até os 2 anos já apresenta um repertório de aproximadamente
50 palavrinhas. Esses são uns dos marcadores pra gente ficar ligada.
Outro dado mega super importante
é a brincadeira. Ela não só estimula o desenvolvimento da fala, como também é
um ótimo sinalizador se está tudo caminhando bem ou não. Até 1 ano de idade as
brincadeiras são mais motoras, os pequenos levam os objetos à boca, batem,
socam, empilham, coitado dos pobres brinquedos, Woody e Buzz estão aí pra
provar que não é moleza não.
A partir de 1 ano, os pequenos já
começam a brincar imitando situações que eles vivenciam, iniciando o
faz-de-conta. Aquela nossa boa e velha conhecida brincadeira de dar comidinha,
dar banho nos bonecos, levar pra passear de carro, etc..
E brincadeira é algo que tem que
ser feito todos os dias, porque dessa forma nossos pequenos aprendem, ensinam,
se tornam mais criativos, falantes, elaboram melhor o pensamento...
Não podemos ficar na neura de
achar problema em tudo, mas também não podemos fazer vista grossa e nos deixar
levar pelas coloridas lentes de mães babonas, porque sim, nossos filhos sempre
serão os mais sensacionais do mundo, mas pode ser que precisem de alguma ajuda
ou estimulação.
Não é exagero procurar ajuda de
um especialista se você acha que alguma coisa está errada ou está demorando pra
acontecer com seu filho. Procure um bom profissional, competente, com
referências. Exponha suas dúvidas, fale das suas preocupações, faça uma
avaliação. Em boa parte dos casos é bem simples e uma boa orientação com
atividades e brincadeiras, pra fazer em casa, já vai resolver. Em outros casos,
será necessário fazer o tratamento, o que também não é nenhum bicho de sete
cabeças e com certeza traz benefícios enormes para o futuro dos pequenos.
E falar de fono e de
desenvolvimento infantil só não é mais complexo do que ser mãe, são tantos
assuntos, tantas possibilidades, tantas questões. Mas é bom, muito bom!
Trabalhar com essas pessoinhas é uma das melhores coisas da vida. Porque a
melhor coisa da vida mesmo é ser mãe!
Vamos deixar o link de um artigo
sobre desenvolvimento de linguagem, feito pra pais: (http://www.abpp.com.br/revista_psicopedagogia/index.asp?ed=78).
Beijos!
Evelin e Vanessa